Nasci igual terra árida,

 

Na incapacidade de gerar.

 

Meu viver tornou-se ávido,

 

refletido nas palavras do meu chorar.  

 

 

 

 

Tornei-me cruel e amarga na angústia,

 

que soou em mim profundamente.

 

Meu anseio acalentou denúncia,

 

do meu desejo recrudescente.  

 

 

Ardi inteira na amargura.

 

Minha infelicidade incandescente,

 

iluminou caminhos sem candura

 

e aqueceu meu ser descrente.  

 

  

 

 

Não há nada que se faça

 

que meu ser se anime,

 

que esse desgosto desfaça

 

e minha vida dignifique.  

 

 

 

 

Assim conto meus dias inértis,

 

na espera aturdida,

 

tornar-me como campos férteis,

 

que fazem a terra mais florida.

 

 

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