Escravos semblantes,

Pensamentos dormentes,

Açoitados pelo tempo demente,

Dos relógios movendo obrigações

De toda gente,

Presa aos grilhões do tempo

Mostrengo.

 

Doze cavaleiros,

Prestam favores

A um senhor incauto,

Guarnecido de sessenta arautos

E por um batalhão de serviçais,

Vassalos boçais,

Todos em um mesmo pedestal,

Disputando atenções,

Derrubados um a um

Ao enferrujar da composição.

 

Operários desmantelados,

Marcham desorganizados,

Ao sinal estridente,

Que marca, que prende,

Martirizando corpo e mente,

Ditando as regras

Em uma vida, sublime, ausente.

 

Ontem, hoje e sempre

Somos escravos,

Independente de posições,

Do tempo que nos açoita violentamente,

Onde os relógios em nossos pulsos,

São nossos imperceptíveis grilhões.

...E o tempo alterado,

Debruçadamente passa,

Achando graça,

De nossa correria constante,

De  nossas incalculáveis desgraças.

 

 

 

 

 

 

 
 
Midi: LUZES DA RIBALTA

 

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