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O vento uiva nos quintais,
parece uma canção a cantar,
festejando entre os laranjais,
o orgulho e a glória,
de passar por essa terra bendita,
repleta de história,
de vidas, de guerras,
de sonhos e de conquistas.
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Nossa terra mui amada,
nos rincões espalhados,
por toda grandeza desse Estado,
homens e mulheres reunidos
ou ainda que solito,
sorvendo o mate de madrugada
e no breve entardecer,
esse gosto do mate amargo
não nos deixa a tradição esquecer.
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Piazitos interessados, ouvem nos galpões,
as trovas dos payadores,
que tecem imensos amores
por esse bendito chão,
enquanto o tempo galopa nessas andanças,
sem conseguir arrasar esse amor eterno,
nos homens, mulheres e crianças
e demonstrado aqui por esses versos.
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Nesse meu rincão pelejaram
tão valentes farroupilhas,
em seus pingos montados
em quase dez anos de lutas, sem honrarias.
Também lutaram escravos,
que queriam muito a liberdade prometida,
lanceiro negro que só ficava livre
quando seu sangue na baioneta escorria.
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A primavera logo vai florir esse chão.
É tempo da chama crioula acender,
cultivando nossa tradição,
com grande orgulho de aqui viver.
Somos herdeiros de uma grande História,
que jamais vamos esquecer,
será recontada, cada perda e cada glória,
por todos os tempos, a cada geração.
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- O vento uiva na coxilha, assoviando uma canção,
- espalhando para outros rincões,
- sobre as belezas desse pago,
- e do nosso apego as tradições.
- Nesses versos deixo aqui demonstrado,
- o que sentirá qualquer vivente,
- quando por esses lados se aprochegar,
- que podemos dizer sem luxo:
- quem vive aqui sente
- a felicidade em ser gaúcho!
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Midi: Mercedita
Copyright ©Cléa Rubiane Todos os direitos autorais reservados
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